A pesquisa do antropólogo Carlos Roberto Filadelfo de Aquino, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, demonstra como os movimentos populares de moradia por autogestão são ao mesmo tempo instrumento de reivindicação de políticas sociais que além de gerar ganhos econômicos, fortalece nas pessoas uma consciência de seu papel social nas lutas por seus direitos.
O pesquisador relata que era comum ouvir dos moradores que a luta não se restringia apenas à aquisição da casa própria. Era a realização de um sonho que os impulsionavam na busca de outras conquistas. “Foi através dos movimentos sociais de moradia que as famílias descobriram formas inéditas de luta, de fazer política e de reivindicação de bens, serviços e direitos que iam além da habitação”, avalia.
Outro ponto apresentado pelo pesquisador é que o envolvimento dos moradores em todo o processo da construção resultou em maior qualidade dos materiais e barateamento do custo final das casas.
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