Centenas de pessoas celebraram, no último fim de semana, a evolução das obras do Residencial Vitória, empreendimento subsidiado pelo programa “Minha Casa, Minha Vida” no bairro Bom Jardim. O conglomerado de apartamentos é destinado a 300 famílias de baixa renda. A entrega das chaves das habitações ocorrerá em 2016. Na tarde de sábado (12/12), foi inaugurado o Centro de Convivência do residencial, localizado na rua Suspiro.
O espaço foi “batizado” com uma confraternização entre os futuros moradores, que lotaram a área. Participaram do evento membros da Associação Habitacional de Ipatinga – entidade que intermediou a concretização do empreendimento -; representante da Caixa Econômica Federal; Central de Movimentos Populares; e apoiadores.
O vereador Saulo Manoel (PT), fundador da Associação Habitacional, elencou a luta de movimentos populares pelo direito de pessoas carentes à moradia em Ipatinga. Ele citou que o déficit habitacional no município atualmente gira em torno de 8 mil unidades. No entanto, além dos apartamentos com obras a pleno vapor no município, outras 2 mil moradias populares com terrenos e projetos já viabilizados tramitam na Caixa, afirma o parlamentar.
“Aqui no Bom Jardim, são 300 famílias atendidas. No Rio das Velhas I são 80; Rio das Velhas II, 102; e mais 80 no Rio Madeira (construções em andamento no bairro Parque das Águas). Ao todo, são 562 apartamentos. Eu vejo a coroação de uma luta histórica. Para nós é uma alegria muito grande ver a felicidade dos futuros beneficiários”, discursou Saulo Manoel.
No Bom Jardim, os apartamentos construídos têm 49,5 metros quadrados, dois quartos, banheiro social, sala, cozinha e área de serviço. As unidades são destinadas às famílias com renda mensal de até R$ 1.600, já cadastradas. Os beneficiários pagarão cerca de R$ 100 por mês, ao longo de 10 anos, informa a Associação Habitacional. Erguidos pela Status Construções, de Ipatinga, as unidades têm previsão de entrega para agosto de 2016. O terreno foi adquirido pelo próprio governo federal, em compra antecipada de áreas para o MCMV.
“A moradia não pode ser considerada somente uma casa. Ela é o fornecimento de dignidade para essas famílias, é o lar delas. E as famílias estão muito satisfeitas. Os empreendimentos como um todo são muito bons. Fizemos um passeio nas obras e as famílias estão muito felizes”, disse, por sua vez, a consultora da Caixa, Camila Gontijo.
Catadora de materiais recicláveis, Maria das Graças Velozo, 62, já foi contemplada no Residencial Vitória e aguarda com expectativas a conclusão de sua casa própria. “Tem mais de 20 anos que espero pra ter uma casa. Hoje, Deus a preparou para mim. Já morei aqui por 38 anos e voltarei ao meu lugar de origem”, contou, emocionada.
Viúva, a pensionista do INSS, Raimunda Apolinária de Farias, 57, já criou os filhos e faz planos para o novo lar. “É um sentimento de conquista, de uma grande conquista às pessoas que não têm como adquirir a casa própria de outra forma. Moro no Bom Jardim há quase 40 anos. Em todo esse tempo eu paguei aluguel. Terei, agora, o privilégio de ter um lugar meu”, citou.
Já para o pedreiro Lemuel de Souza, 51, o nome do residencial não poderia ser outro, senão “Vitória”. “Há 13 anos estamos lutando e esperando. E a vitória chegou”, comemora o beneficiário, revelando que atualmente mora de favor.
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