Esta é a dissertação de mestrado da militante e arquiteta Renata Miron, da Ambiente Assessoria. A partir dos Empreendimentos José Maria Amaral e Florestan Fernandes, do Moimento Sem Terra Leste 1, ela faz uma reflexão sobre o impacto do processo da autogestão na vida dos envolvidos.
A lógica capitalista estrutura a construção das cidades, tendo como pressuposto a moradia concebida enquanto mercadoria. No contexto do programa Minha Casa Minha Vida-Entidades, observa-se a luta dos movimentos sociais que buscam se contrapor à lógica dominante, na disputa do fundo público e das políticas habitacionais na defesa de direitos por meio de processos emancipatórios, em especial na cidade de São Paulo.
O objetivo da pesquisa é compreender, sob o preceito da autogestão na produção habitacional, a organização e as relações vivenciadas no canteiro autogerido. Através de um estudo qualitativo sobre as experiências dos empreendimentos habitacionais José Maria Amaral e Florestan Fernandes, realizou-se pesquisa documental e entrevistas com sujeitos- mutirantes, técnicos e lideranças-com diferentes competências, unidos pelo trabalho cooperado, resultando numa análise crítica quanto às potencialidades e limites dessa prática coletiva. Assim, é reconhecida a importância da conjuntura política nas relações interpessoais e burocráticas que mediam as relações nos canteiros autogeridos, para desenvolver estratégias de subversão às relações capitalistas pela classe trabalhadora no planejamento e construção das cidades.
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